Sim, é isso mesmo. A comparação dos transportes coletivos de Salvador com as embarcações que traficavam escravos até o fim do século XIX não é exagero. Esse não é um problema exclusivo de Salvador, mas vamos focar aqui.
Salvador é a terceira maior cidade do Brasil, a 5ª no ranking nacional de passagens mais caras entre as captais (está atrás apenas de São Paulo (R$ 3,00), Florianópolis (R$ 2,90), Porto Alegre (R$ 2,85) e Campo Grande (2,85)) e a primeira entre as capitais nordestinas. Com o último reajuste de 12%, Salvador ultrapassou sete capitais, entre elas: Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba. Maceió teve a tarifa aumentada para R$ 2,10 em fevereiro e ocupada segunda posição do ranking nordestino.
Nós pagamos, assim como os escravos pagavam, com sofrimento.
Os ônibus saem e voltam (horários de pico) todos os dias lotados além de não oferecerem o conforto que pudesse justificar tal aumento. Os veículos são quentes, têm poltronas duras (na maioria deles) e muitos são velhos. Nem todos oferecem o serviço de elevação para os deficientes locomotivos, muitos dos que oferecem não funcionam! É normal ver motoristas se negarem a abrir as portas do meio porque os elevadores estão quebrados.
Na Suburbana, os ônibus passam tão lotados que passam direto. Alguns passam direto de sacanagem mesmo.
Se a população (que é acomodada) agisse, isso poderia ser diferente.
Pequenos grupos de estudantes foram às ruas para protestar, mas como sempre, sofreram VIOLÊNCIA dos policiais. Os estudantes foram dispersos com bombas de efeito moral e spray de pimenta em alguns casos. Muitos não sabem disso porque a Grande Mídia Capitalista, não divulga, assim como faz com assuntos políticos, manipulando informações.
Se houvesse um protesto de massa, algum efeito seria causado... É só fazer. Esses empresários têm que ver para crer. Mexeram no seu bolso, experimenta mexer-nos deles.
Somos obrigados a transitar pela cidade em verdadeiros "Navios Negreiros do séc XXI".
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